sábado, 7 de junho de 2014

PECS (SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS)

1- PECS (SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS)

2- PECS foi criando pensando em educadores, família e cuidadores e é destinado para pessoas com transtorno do espectro do autismo e doenças do desenvolvimento relacionadas. Não há restrição de faixa etária.

3- PECS pode ser usado em variedades de situações e ambientes. Pode ser usado na sala de aula, no AEE, em casa, etc. 


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5- PECS foi desenvolvido em 1985 como um sistema de intervenção aumentativa /alternativa de comunicação exclusivo para indivíduos com transtorno do espectro do autismo e doenças do desenvolvimento relacionadas.
PECS não requer materiais complexos ou caros. PECS começa ensinando uma pessoa a dar uma figura de um item desejado para um "parceiro de comunicação", que imediatamente aceita a troca como um pedido. O sistema passa a ensinar a discriminação de figuras e como juntá-las formando sentenças. Nas fases mais avançadas, os indivíduos aprendem a responder perguntas e fazer comentários. PECS é dividido em 6 fases.




As seis fases do PECS


FASE I
Como se comunicar:
Os alunos aprendem a trocar uma única figura para itens ou atividades que eles realmente querem. 



FASE II
Distância e Persistência:
Ainda usando uma única figura, os alunos aprendem a generalizar esta nova habilidade e usá-la em lugares diferentes, com pessoas diferentes e usando distâncias variadas. Eles aprendem a serem comunicadores persistentes. 



FASE III
Discriminação de figuras:
Os alunos aprendem a escolher entre duas ou mais figuras para pedir seus itens favoritos. Estes são colocados em uma pasta de comunicação com tiras de Velcro ® onde as figuras são armazenadas e facilmente removidas para a comunicação. 



FASE IV
Estrutura de sentença:
Os alunos aprendem a construir frases simples em uma tira de sentença usando um ícone "Eu quero" seguido por uma figura do item que está sendo solicitado. 



Atributos e Expansão de vocabulário:
Os alunos aprendem a expandir suas sentenças, adicionando adjetivos, verbos e preposições. 



FASE V
Respondendo a perguntas:
Os alunos aprendem a usar PECS para responder à pergunta: "O que você quer?". 



FASE VI
Comentando:
Agora os alunos aprendem a comentar em resposta a perguntas como: "O que você vê?", "O que você ouve?" e "O que é isso?". Eles aprendem a compor sentenças começando com "Eu vejo", "Eu ouço", "Eu sinto", "É um", etc.

6- O professor do AEE deverá observar as atitudes e ações dos alunos antes da utilização do PECS-Adaptado, pois, para a utilização do PECS-Adaptado é muito importante saber quais são os maiores interesses dos sujeitos que vão fazer uso deste sistema, já que é a partir das suas maiores vontades que surgirá a vontade de se comunicar. Assim, é muito importante a participação dos familiares, para enriquecer as informações sobre as preferencias do aluno. O professor do AEE confeccionará os cartões de comunicação com velcro no verso. Depois da confecção o professor poderá ainda dar suporte ao aluno, além de estimular o uso do PECS.

Site: http://www.pecs-brazil.com/pecs.php



domingo, 20 de abril de 2014

A Pessoa com Surdocegueira e com Deficiência Múltipla


A Pessoa com Surdocegueira e com Deficiência Múltipla

 

Gizelda Maria do Nascimento


A surdocegueira se define como uma Deficiência única que apresenta a perda da audição e visão, de modo que a combinação das duas deficiências impossibilita o uso dos sentidos, cria necessidade especiais de comunicação, dificulta na conquista de avanços educacionais, vocacionais, recreativos, sociais, para acessar informações e compreender o contexto de mundo que o cerca. 

A surdocegueira subdivide em quatro categorias: indivíduos que eram cegos e se tornaram surdos; indivíduos que eram surdos e se tornaram cegos; indivíduos que se tornaram surdocegos; indivíduos que nasceram ou adquiriram surdocegueira precocemente, ou seja, não tiveram a oportunidades de desenvolver a linguagem, habilidades comunicativas ou cognitivas nem base conceitual sobre a qual possam construir uma compreensão de mundo.

Deficiência Múltipla é a deficiência auditiva ou visual associada a outras deficiências (mental ou física) bem como, distúrbios (neurológico, emocional) dificultando a pessoa em sua auto-suficiência.

As características específicas apresentadas pelas pessoas com deficiência múltipla, lançam desafios à escola e aos profissionais que com elas trabalham no que diz respeito à elaboração de situações de aprendizagens a serem desenvolvidas para que sejam alcançados resultados positivos ao longo do processo de inclusão. Esses educandos fazem parte de um grupo com características específicas e peculiares, com necessidades únicas. Portanto a necessidade de dar atenção a dois aspectos importantes: a comunicação e o posicionamento. 

Na comunicação, todas as interações de comunicação e atividades de aprendizagem devem respeitar a individualidade e a dignidade de cada aluno com deficiência múltipla. Enquanto que no posicionamento é indispensável uma boa adequação postural. Trata-se de colocar o aluno sentado na cadeira de rodas ou em uma cama comum, ou ainda, deitado de maneira confortável em sala de aula para que possa fazer uso de gestos ou movimentos com os quais tenha a intenção de comunicar-se e desfrutar das atividades propostas.

O papel do professor comum na prática pedagógica inclusiva é acolher o aluno que lhe chega como pessoa real e única, tenha ele ou não deficiências. As pessoas com surdocegueira e com deficiência múltipla tem a necessidade de aprender a se autoperceber e perceber o mundo exterior. Devemos buscar a sua verticalidade; o equilíbrio postural; a articulação e a harmonização de seus movimentos; a autonomia em deslocamentos dos movimentos; o aperfeiçoamento das coordenações visomotoras e o desenvolvimento da força muscular; já as que apresentam graves problemas motores, precisam aprender a usar as duas mãos.

Enfim, para todo e qualquer aluno, é necessário repensar a organização espacial da escola e da sala de aula, sendo o espaço devidamente sinalizado em diversas linguagens. 


REFERÊNCIA
BOSCO, Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R. S. H.; MAIA, Shirley R. Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiência Múltipla (2010).

domingo, 9 de março de 2014

AEE PS 2014

O AEE PARA PESSOAS SURDAS

Gizelda Maria do Nascimento

A inclusão do aluno com surdez deve acontecer no início do seu processo de escolarização, da educação infantil ao ensino superior, pois assegura-lhes desde cedo a utilização de recursos pedagógicos necessários para superar as barreiras existentes no seu processo educacional.
O Atendimento Educacional Especializado para pessoas com surdez, estabelece como ponto de partida a compreensão e o reconhecimento do potencial bem como a capacidade dessas pessoas, visando seu desenvolvimento e aprendizagem. Portanto, as práticas de sala de aula comum e do AEE devem ser articuladas entre os professores da sala de aula regular e do AEE, pois, por meio de uma metodologia vivencial de aprendizagem os alunos ampliam sua formação.
O AEE proporciona o acesso dos alunos com surdez ao conhecimento escolar em duas línguas: em libras e em língua portuguesa.
Segundo Damásio,“O AEE PS respeita princípios pedagógicos essenciais, que garantem o acesso às duas línguas obrigatórias para o atendimento do aluno com surdez, mediante uma organização didática e metodológica do fazer aula especializada, sobre a autoridade técnica, humana e política do professor como responsável pela mediação entre o conhecimento, o conhecedor e o conhecido num ambiente de aprendizagem processual dialógico, no qual se devem oferecer possibilidades infinitas, para que ocorra a problematização, a experienciação, a experimentação, a demonstração e as trocas circunstanciais, promovendo o desenvolvimento social, afetivo, cognitivo e linguístico do aluno com surdez”.
A prática pedagógica do AEE parte dos contextos de aprendizagem estabelecidos pelo professor da sala de aula comum, que elabora um plano de trabalho envolvendo os conteúdos curriculares.Segundo Damázio, “O AEE para educandos com surdez envolve três momentos didáticos pedagógicos”, são eles:
  • Atendimento Educacional Especializado em libras: É um trabalho complementar ao que está sendo estudado na sala de aula comum. Os conteúdos curriculares em libras devem ser antecipados ao trabalho da sala de aula comum. Para que o conhecimento seja construído, as aulas devem ser planejadas visando a valorização do aluno, desenvolvimento das habilidades, articulação entre o ensino comum e o AEE, identificação, organização e produção de recursos didáticos;
  • Atendimento Educacional Especializado de libras: Ocorre diariamente, em horário contrário ao das aulas, na sala de aula comum, trabalho realizado pelo professor e/ou instrutor de libras (preferencialmente surdo), de acordo com o estágio de desenvolvimento da língua de sinais em que o aluno se encontra;
  • Atendimento Educacional Especializado para a língua portuguesa: O objetivo desse atendimento é desenvolver a competência linguística, bem como textual dos alunos com surdez para que sejam capazes de ler e escrever em língua portuguesa.
REFERÊNCIAS
DAMÁZIO, Mirlene F. M., ALVES, Carla B, FERREIRA, Josimário de P. Atendimento Educacional Especializado: Abordagem Bilíngue para Pessoas com Surdez. Fortaleza, UFC, 2010.p.09-22.

DAMÁZIO, M. F. M.; ALVES, C. B. Atendimento Educacional Especializado do aluno com surdez. Capítulo 5, 6 e 7. São Paulo: Moderna, 2010.

sábado, 7 de dezembro de 2013

AUDIODESCRIÇÃO

Curta-metragem: O reino do Chocolate - AUDIODESCRIÇÃO


O reino do chocolate, é um curta que conta a história de um planeta onde pessoas de cores diferentes não podem se misturar. O curta permite ao aluno com DV ou não, trabalhar formas, cores, além de temas importantes no cotidiano, como o preconceito, o amor, a diversidade e ainda mostra um pouco da história do chocolate.

domingo, 20 de outubro de 2013

JOGO PARA TRABALHAR COM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

O Bingo de Formas Geométricas é um recurso de Tecnologia Assistiva, que permitirá ao aluno com DI, desenvolver e melhorar a sua capacidade de percepção, concentração, além de possibilitar a aprendizagem das formas geométricas e a identificação das cores.




Estimula: Classificação, percepção visual, reconhecimento de formas e cores, atenção e concentração.

Descrição: 6 cartelas (20x20cm) contendo desenhos de círculos, triângulos, quadrados, retângulos (em cores diferentes). 36 cartelinhas (4x4cm) das mesmas figuras, para serem sorteadas. Tampinhas de refrigerante para marcar a figura sorteada.

Exploração: Ao ouvir a descrição da figura “cantada”, a criança coloca uma tampinha em cima da figura correspondente. Ganha o jogo quem conseguir completar uma fileira horizontal ou vertical.

REFERÊNCIA:
MAFRA, Sônia Regina Corrêa. O Lúdico e o Desenvolvimento da Criança Deficiente Intelectual 2008.

domingo, 8 de setembro de 2013

Tecnologia Assistiva

A área da tecnologia assistiva que se destina especificamente à ampliação de habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Alternativa (CA). A comunicação alternativa destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever. A seguir, estão dois exemplos de comunicação alternativa:
  • Prancha com símbolos PCS 

O que é um sistema de símbolos gráficos?
Para a confecção de recursos de comunicação alternativa como cartões de comunicação e pranchas de comunicação são utilizados os sistemas de símbolos gráficos, que são uma coleção de imagens gráficas que apresentam características comuns entre si e foram criados para responder a diferentes exigências ou necessidades dos usuários.
A prancha PCS é um exemplo de sistema de símbolos gráficos.

  •  Prancha de comunicação alfabética 
Sobre uma mesa está uma pasta de comunicação e nela, há uma prancha que contém as letras do alfabeto e os números. O usuário está apontando o dedo indicador na letra "X". 
 

 
Fonte: http://www.assistiva.com.br/ca.html - Acesso em 08/09/2013
 


domingo, 4 de agosto de 2013

Atividade de Fechamento AEE

AEE Fechamento

A função do professor do AEE é de fundamental importância dentro do espaço escolar, pois, dele parte várias ações que deverão ser articuladas para que processo da inclusão seja de fato realidade dentro do contexto escolar, como: articulação com o professor da sala de aula regular, oferecer formação continuada aos professores e a toda comunidade escolar, conhecer a realidade familiar do aluno, criar recursos pedagógicos que atendam a necessidade educacional do aluno, realizar o atendimento na sala de recursos multifuncionais, elaborar e executar o plano de AEE, avaliando sua funcionalidade e aplicabilidade dos recursos educacionais, dentre outras. Ou seja, para atuar no AEE, o professor deve ter formação específica para este exercício, que atenda os objetivos da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Contudo, o professor do AEE participará de cursos de formação ou especialização, indicados para essa formação, ampliando e atualizando seus conhecimentos, em conteúdos específicos do AEE, para melhor atender seus alunos.
Para desenvolver o Atendimento Educacional Especializado, é necessário que o professor conheça seu aluno e suas particularidades. O estudo de caso é imprescindível para que isso aconteça, suas etapas são de suma importância, pois apontam caminhos para que o professor do AEE possa planejar o atendimento específico para cada aluno de acordo com sua Necessidade Educacional Especial, sua história de vida, sua individualidade, seus desejos e diferenças.
Conforme estabelecido na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, no decreto Nº 6571/2008, o AEE complementa e – ou suplementa – a formação do aluno, visando sua autonomia na escola e fora dela, sendo oferta obrigatória pelo sistema de ensino nas escolas comuns e nas salas de recursos multifuncionais. Portanto, deve ser parte integrante do Projeto Político Pedagógico da escola, assim, é necessário antes de tudo contemplar o PPP da escola com os princípios da educação inclusiva, investindo na formação continuada dos docentes, eliminando as barreiras que impedem o acesso e a permanência do aluno no contexto da escola, desenvolvendo projetos voltados à orientação educativa junto à comunidade escolar, favorecendo assim o processo de ensino e aprendizagem dos alunos que apresentam NEE.